com efeito, as analogias formais que aponta Bakan não lhe servem mais do que para esclarecer a idéia preconcebida de um motivo cabalístico da psicanálise. Simplesmente, a totalidade do aparelho teórico esse último parece desconhecer a Cabala, e vice-versa. Agora, as doenças histéricas, em particular as estudadas por Charcot, dependem todas de, neste caso, (32). A etiologia psicanalítica resulta em resultância de uma secularização das doenças da alma.
Não é preciso recordar neste local quais são as características deste conceito pela psicanálise. A ideia de fazer da psicanálise uma rua de acesso privilegiada para o significado “profundo” da religião havia sido avançada por Freud, a propósito de Jung, em sua Contribuição à história do movimento psicanalítico.
Por este porquê importante, toda e qualquer tentativa de harmonização entre as teses de Jung e a expectativa metafísica do real, podes parecer trabalhoso, se não estão inteiramente ilógica. Este delicado e notável erro foi não obstante ignorado por H. Corbin, de uma maneira completamente inesperada.
Em teu postagem dedicado a Jung e intitulado A sophia éternelle, ele se perguntava em efeito: “será que Esta gafe de Corbin exigiria, realmente, a seguinte resposta: a “blasfêmia” reside no episódio de que, para Jung, não há bem, não há “figuras divinas”. Para ele, estas se localizam definitivamente associadas a um “universo subterrâneo” e carecem de todo estatuto ontológico transcendente.
Mesmo que, curiosamente, Jung lembrar dos arquétipos de uma experiência “de sua iniciativa própria”, esses não participam com segurança, tendo em conta o conjunto de sua obra, de nenhuma “Idéia eterna”. Estaríamos, assim sendo, em presença de uma maneira de auto-destruição do dogma especificamente sutil e rude.
Seja como for, o nominalismo fundamental de Jung (59), sobre o qual insistiremos na segunda parte (ch. Como argumentou, certamente, M.-L. Franz, “o que nos dias de hoje chamamos o inconsciente coletivo jamais havia sido concebido como psicológico, no significado moderno da frase, visto que sempre havia sido projetado no espaço cósmico exterior à alma”, etc., A conjectura de que tenhamos antecipado sobre a natureza da psicanálise no tempo em que fenômeno cultural, focado na recuperação do domínio iniciático poderia não obstante parecer insustentável. Com efeito, brevemente, os psicanalistas, sobretudo por meio do modelo do xamanismo, tentaram sistematicamente desvalorizar esse domínio, assimilando o que Eliade chamou de “alteração de regime ontológico” a uma vulgar patologia mental.
- Trinta – SENHOR DOM ANTONIO CALVO E RUBIO
- seis A visão da esquerda da “Revolução de Outubro”
- 9 Milton Friedman
- 00 h. O Inter quer ‘pescar’ a Vidal nas águas revoltas do Bayern
- 3 O desastre económico
O conjunto do modo iniciático, viagens celestiais, as visões, sonhos e escaladas, as doutrinas cosmológicas e metafísicas, a mitologia ancestral dos xamãs, encontrar-se-iam a priori reduzidas a um efeito neurótico. Esta geração foi sustentada por Devereux e por muitos outros psicólogos. Não vamos nesse lugar rejeitar esse ponto de vista, neste instante criticado por Eliade (63) e que, mais pouco tempo atrás, foi seriamente posto em indecisão pelo etnólogo Ph.
O respeitável neste local é ver a negação, entre os psicanalistas, de uma eventual efetividade espiritual da iniciação, o que parece normal, fatos os postulados espíritas do sistema freudiano. Mas, como imediatamente foi referido, um correto número deles tentaram mesclar psicanálise e de iniciação, a da vez sobre o plano teórico e prático. Esta tendência, relativamente nova, foi, em princípio, marginal, e não parou até os nossos dias após tomar uma significativa expansão. Muitos casos prontamente foram evocados, como o do Dr. J.-P. Schnetzler (cf. n. 53), que tentou, no interior da Franc-Maçonaria chamada regular, um enxerto bastante “duvidoso” de umas concepções psicoanalíticas sobre o velho fundo iniciático, de origem principalmente artesanal, que representa ainda esta organização.