apesar da desconfiança em relação aos políticos e de terem sido testemunhas de uma enorme imigração e de uma dramático recessão econômica, a extrema-direita é quase inexistente em Portugal. Com esta frase, pronunciada durante a sua posse como presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt se referia ao pavor provocado por políticas econômicas que haviam aumentado o desemprego e alimentado desespero entre a população. Três são os ingredientes tradicionais para ‘cozinhar’ um discurso de rodapé: imigração alta, recessão econômica e desconfiança nos partidos usuais e os três se deram em Portugal. Entre os anos de dois mil e 2009, nosso país obteve a metade de todos os imigrantes da União Europeia (segundo os detalhes do Eurostat). Imigrantes que ocuparam principalmente trabalhos menos qualificados, em construção.

Mas a bolha imobiliária explodiu em 2007 e desencadeia uma decadência financeira que destrói 3 milhões de empregos. A queda se intensifica a pobreza no Brasil e, em 2014, a lacuna em Portugal entre os mais ricos e os mais pobres é a mais alta de toda a Europa.

  1. Instituto Cervantes[123]
  2. quinze de março: Antonio Betancort (78), é um futebolista (n. 1937).[230]
  3. Estabelecer um novo negócio
  4. Tenente de Cavalaria António Aláez Bayonne, no Povoado de Beni-Uset 31 de maio de 1923
  5. Presidente
  6. o Que são os poliformismos de nucleotídeos descomplicado, ou SNP

Isso afeta a visão da política dos cidadãos. Os escândalos de corrupção disparam a desconfiança em ligação aos políticos, aos quais é culpa da decadência. A ditadura franquista explodiu a retórica patriótica, de tal maneira que durante todo este período, os símbolos nacionais -a bandeira, o hino ou a expressão única, Portugal – associaram-se ao regime fascista. Carmen Gonzalez Henriques, que explica como é que esta sensação está indiretamente relacionada com o robusto europeísmo português. De acordo com uma pesquisa consumada pelo Demos nos 6 países analisados, os portugueses são os menos apoiantes de abandonar a União Europeia (somente 10% frente a, como por exemplo, 25% dos franceses).

Existe um terceiro ingrediente a ter em conta pela identidade espanhola e é “a existência de associação entre periféricos, de forma especial, o catalão e o basco”. Gonzalez Henriques compare pesquisas a respeito a percepção da imigração em Portugal desde 2002, e observa que nos últimos 15 anos, tem aumentado a aceitação de imigrantes, sobretudo de marroquinos, romenos e da áfrica subsariana-. Para González Henriques, a imigração é um fator que impediu a mensagem de extrema-direita.

Por último, novamente nossa história recente explica que, ao oposto do que aconteceu noutros países, a agregação errada -que foi lançado em discursos como o de Marine Le Pen em França – entre a imigração e o terrorismo não acesse adeptos. Gonzalez Henriques, que faz referência a como a pouca renovação de extrema-direita desde a queda do franquismo e a tua divisão em diferentes partidos também explica sua falta de acolhimento.

Mas, fundamentalmente, “o eleitorado português é de centro-esquerda. Quando coletamos fatos de onde estão posicionados, muito poucos se situam na parcela da extrema-direita”, alega a autora. Na França, descreve uma “atmosfera política tóxica”, dividida entre uma cota da população que vê a Frente Nacional como algo negativo frente a uma minoria que vê em Marine Le Pen, a líder de “potente” e “realista”.

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