Como os glúteos XXL tornaram-se uma obsessão global. Um pasito além das habituais recomendações de ginástica que, de acordo com essas restritas publicações, nos começarão o empinada bunda de Elsa Pataky. A manobra, que já trazem entre mãos é sutil, é de notar o repetido exercício da macio expressão “residência” ou o eufemismo “lado B”. A mensagem, porém, aparece nítido: a bunda é a nova face. A operação política, cultural e estética que se está trabalhando diante de nossos narizes é gigantesca, rápida, organizada em significados.
Resumindo: sem bunda não há paraíso. Noventa estavam sob a intervenção dos seios armados de silicone. Vogue’ nos Estados unidos. E a tendência bem como atinge os homens. E entre todos os grupos, um superlativo. O imbecil “chamado pra todos governar”, como o anel de poder. O traseiro original, o que prendeu esta histeria global por portar umas nádegas quanto mais salientes, melhor.
Falamos do deslumbrante apêndice posterior de Kim Kardashian, um prodígio da técnica estética em constante acréscimo, desenvolvido para quebrar internet à base de selfies de seus glúteos (chamados belfies). Inaceitável atravessar por alto a tua imponente presença, possivelmente devido a uma união de injeções de tua própria gordura e, quem sabe, se implantes ou faixas com almofadas extra.
Uma bunda que é uma máquina de fazer dinheiro à custa de tua fetichização extrema por fração de nossa cultura pop. Wikipédia cita uma curiosa chuva de músicas de hip hop, r&b e reggae que se dedicam a bunda feminina desde o início do século: de Bootydelicious, das Destiny’s Child, Beyoncé, a Anaconda, de Nicky Minaj, ou Booty, de Jennifer Lopez.
- 5 Tempo de decadência e agonia
- quatro Robbie Williams
- Lawlor, D. W. (2000) Photosynthesis BIOS ISBN
- 1 Seções atuais
- Quase não há menção sobre a carreira de Sayuri como gueixa
- Racismo, xenofobia, sexismo
- 3 Pela Ásia
Não há muito acordo a respeito do encontro que poderá ter em tal grau panegírico sexual dos grandes cú. Outras mulheres, como por exemplo, a atriz Helen Mirren, encontram uma certa liberação da crescente apresentação de uma maior diversidade de tamanhos. “Não encontro sensacional o fenômeno das Kardashians. Porém, me parece radiante hoje, em consequência a Madame Kardashian e, antes dela, a Jennifer Lopez, as mulheres se nos permita ter quadris e bunda”, declarou.
Outras, como a socióloga Patricia Hill Collins, autora de Black Feminist Thought, explica que a fixação com o traseiro das mulheres racializadas deve ver de perto com o estereótipo de que as pinta permanentemente dispostas para o sexo. Disponíveis desde o minuto um.